A coordenação de extensão da Ulbra promoveu, na manhã desta quinta-feira, 22 de março, um teste vocacional junto à turma do 9º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Pernambuco, no bairro Niterói, em Canoas (RS). A atividade integra o Programa Prefeitura Mais Perto, iniciativa do poder público que leva até regiões carentes da cidade uma série de serviços gratuitos, como consultorias jurídicas e ações de medicina preventiva.

Na ocasião, 30 alunos, todos com idades entre 12 e 16 anos, participaram de um jogo pedagógico. Chamado de Trilha das Profissões, o método de orientação profissional auxilia o estudante a optar pela carreira e o curso de graduação que melhor correspondem com suas habilidades e aptidões, garante a professora do curso de Pedagogia da Universidade Luterana do Brasil, Lauraci Dondé da Silva.

"Não é fácil escolher uma carreira. Quando chegamos ao final do ensino médio, o mundo e a sociedade começam a nos cobrar uma escolha e o jovem, às vezes, está despreparado para isso. Logo, quanto mais cedo estimulamos a reflexão sobre o assunto, mais fácil será esse processo de autoconhecimento e mais natural será a decisão daquele indivíduo", analisa a docente que supervisiona o Laboratório de Orientação Profissional da Ulbra (LOP).

A Trilha é composta por 48 etiquetas coloridas contendo diferentes características da personalidade de uma pessoa, como autonomia, independência, segurança, estabilidade e competitividade. Ao longo do caminho, o aluno seleciona aquelas com as quais mais se identifica. "No final, a cor preponderante dos cartões escolhidos pelo participante indica qual área do conhecimento tem mais a ver com ele", explica Lauraci, que atesta a precisão do método, adaptado por ela a partir dos estudos do psicólogo suíço, Edgar Schein. "Quando realizado da forma correta, o teste possui uma precisão de mais de 80%. Não tem como errar", brinca a educadora. 

Jovens atestam a eficácia do teste vocacional

Marcos Oliveira, de 13 anos, e sua colega, Ritieli Rodrigues, são a prova de que o jogo funciona. Ambos tinham uma vaga noção do futuro profissional que desejavam seguir, o resulto não surpreendeu nenhum dos dois, o que neste caso, é algo extremamente positivo. "Eu já tinha jornalismo em mente e, respondendo às questões, muitas coisas se encaixaram comigo", comentou a pré-adolescente, compartilhando a mesma percepção de Oliveira. "Eu tinha interesse em seguir algo que envolvesse matemática, respondendo às perguntas, veio Administração. Gostei da ideia. Tenho influência familiar no ramo e pretendo seguir este caminho", disse o jovem após o término do procedimento.

Marcus Perez* 
Jornalista Mtb 17.602

* Colaborou Luiz Felipe Machado, estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas